O valor da cesta básica em Natal aumentou 3% no mês passado com relação a maio, de acordo com levantamento o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicado na Tribuna do Norte. O valor médio no mês foi de R$ 442,46 contra R$ 429,57.
A variação anual foi de 15,30% e a dos últimos 12 meses foi de 11,38%. Os produtos que registraram maior alta foram: pão (14,54%), carne (7,45%), café (5,35%), arroz (4,30%) e leite (3,66%). Porém, outros itens reduziram de preço. Estão entre eles: tomate (-10,67%), farinha (-3,97%) e óleo (-0,44%).
Segundo o levantamento, Natal foi a terceira capital com a cesta básica mais cara, atrás apenas de Aracaju (4,97%) e Campo Grande (4,32%). Outra localidades tiveram deflação no período, sendo que o Rio de Janeiro encabeçou essa lista com uma redução de -8,23% nos preços.
O Dieese analisa ainda a relação entre as horas trabalhadas e o custo da cesta básica. Assim, é possível entender quanto tempo um trabalhador leva para adquirir o mínimo para o dia a dia. Na capital potiguar, em junho, uma pessoa que recebe salário mínimo destinou 45,77% do que ganha para esses produtos. Em maio, a fatia foi menor, 44,44%.
Na média nacional, o comprometimento da renda líquida foi de 48,94%, contra 49,61% do mês anterior. O fato que explica a redução nacional é que a pesquisa considerou 17 capitais, sendo que em 11 delas os valores caíram.
Como fugir a alta dos preços
Apesar de não ter a cesta básica mais cara do país – que é a de São Paulo, no custo médio de R$ 547 – o aumento nos preços pode assustar quem mora em Natal. Até porque, por conta da pandemia do novo coronavírus, muitas famílias foram afetadas economicamente e perderam parte dos rendimentos.
Devido a esse cenário, é importante ter atenção redobrada durante as compras. Uma atitude essencial nesse momento é fazer uma lista e analisar bem o que irá comprar no mercado. Atualmente, o consumidor pode até comparar os preços pela internet, nos encartes que os supermercados disponibilizam.
De acordo com Porta Folhetos, nas ofertas do Atacadão, 1 kg de arroz sai por R$ 3,29, enquanto uma peça de carne bovina custa R$ 17,49. No mesmo endereço eletrônico, o público pode consultar ainda os preços de outras redes da cidade
Além disso, é importante analisar o que reduziu de preço para aproveitar. O tomate, por exemplo, que muitas vezes encarece as compras, agora é um dos produtos que está com maior desconto. Então, esse pode ser o momento de o consumidor fazer receitas com o ingrediente.
Outra maneira de balancear os preços é comprar de pequenos empreendedores, mercados e agricultura familiar, muitos estão disponibilizando o serviço de delivery ou retirada no local.
Dar uma chance para novas marcas também é uma forma de garantir um pouco de economia ao carrinho. Para quem é inseguro ou já possui os produtos favoritos, o ideal é começar por itens “neutros” e que são peças-chave na cozinha, como óleo, farinha e itens de limpeza.