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Goiamum Audiovisual discute como o cinema brasileiro enfrentou o autoritarismo

De 16 a 20 de agosto acontece a 10º Festival Goiamum Audiovisual no formato virtual, dentro da programação está o bate-papo online “Cinema contra o autoritarismo: Ontem e Hoje”,  que vai discutir como o cinema brasileiro abordou e enfrentou o autoritarismo em diferentes cenários da história brasileira,

O debate conta com mediação de Thiago Mendonça e aproxima os realizadores contemporâneos Cristina Amaral, Adirley Queirós, Eryck Rocha, que possuem suas produções ligadas direta ou indiretamente com o cinema de contestação, realizado nos anos 1960 e 1970, pensando o lugar do cinema na reflexão do passado e do presente.

Além disso, acontece a mostra “Cinema de Contestação”, formada por oito filmes brasileiros dos diretores Andrea Tonacci, Eryck Rocha, Thiago Mendonça, Adirley Queirós, exibidos através da plataforma Embaúba Play, e também pela SPCINE, no caso dos filmes de Tonacci. A curadoria da mostra é do diretor, crítico e roteirista Thiago B. Mendonça.

Transmitida pelo Youtube do Goiamum, a mostra “Cinema de Contestação” é formada por oito filmes brasileiros dos diretores Andrea Tonacci, Eryck Rocha, Thiago Mendonça, Adirley Queirós, exibidos através da plataforma Embaúba Play, e também pela SPCINE, no caso dos filmes de Tonacci. A curadoria da mostra é do diretor, crítico e roteirista Thiago B. Mendonça.

Segundo Keila Sena, idealizadora do Festival Goiamum, esta edição  acaba não focando tanto na comemoração do festival. “Vivemos um momento muito complexo para comemorar, então mudamos um pouco o foco e buscamos promover uma programação que dá continuidade ao que acreditamos, que o cinema é para além do entretenimento, uma ferramenta de conhecimento e reflexão, e dentro disso, criamos três programas: Cinema É Educação, Cinema é Política e Cinema é Potiguar. Cada um desses programas traz atividades de formação e mostras”.

O programa especial o Cinema é Potiguar, traz em sua programação três mostras, onde duas delas, “Curta Goiamum Especial” e “Panorama do Audiovisual Potiguar” fazem um apanhando dos filmes que mais se destacaram da produção local de 2010 até 2021. Além da “Mostra Dilemas do Presente” que propõe a reunião de uma acervo de flmes potiguares realizados durante e com a temática da pandemia.

O Programa Cinema é Educação é uma colaboração para os educadores e jovens do ensino fundamental 2 e médio, que tiveram o ensino interrompido pela pandemia, os quais já eram prejudicados pela carga-horária mínima das disciplinas de história, sociologia e filosofia tão fundamentais para desenvolver um pensamento crítico nos jovens e é ai que a Carolina Pavez (Chile) vai realizar uma oficina para os educadores com o intuito de formá-los para usarem o cinema como ferramenta pedagógica. Caroline também fez a curadoria de uma mostra com filmes latino-americanos e participa de debate.

Já o programa Cinema é Política, conta com uma mostra e debates com cineastas nacionais contemporâneos que discutem a democracia e o autoritarismo social, por meio do cinema, essa programação é um convite para refletirmos sobre a condição do Brasil na atualidade.

“Pra mim é uma alegria enorme está realizando a décima edição do festival, que já tem 14 anos de história e de muitas realizações neste segmento. Certamente uma data de um ciclo de uma década de edições do evento, foi inicialmente pensada em ser um evento presencial com muitos encontros, calor humano e afetos. É assim o cinema, uma arte coletiva onde se realiza com muitas pessoas envolvidas, seja um filme ou um festival, então precisei me adaptar e me harmonizar com a ideia do formato digital, a forma viável e possível de realizar eventos nessa condição de pandemia”, declara Keila Sena.

“Independente dessa condição, revisitar a nossa história e ver quantas atividades realizamos ao longo desses anos e a contribuição que o festival deu para o crescimento do cenário do audiovisual local muito me orgulha, sobretudo porque as condições de financiamento quase nunca foram ideais, mas, mesmo assim, com propósito, parcerias conseguimos atender as demandas do setor por meio das atividades de difusão e fomento”, completa Keila.

Cinema e política

“O Goiamum sempre teve a preocupação de inserir em sua programação assuntos da pauta, a exemplo disso, posso citar que em 2012 trouxemos o lançamento do filme “O Renascimento doparto” do diretor Eduardo Chauvet, era a época que começou a discutir de forma mais aberta na midia sobre o parto humanizado e esse filme veio pra estabelecer esse tema, e não havia espaço para exibição desse filme nas salas de cinema locais, porque não era de interesse das empresas, e nós o trouxemos, e articulamos com organizações que militavam sobre o parto humanizado, com as doulas e vieram caravanas do interior, lotaram o audiotório onde exibimos o filme em seguida houve um debate com o diretor e doulas e representações, tivemos que pedir pra encerrar porque não o assunto não se esgotavam, era uma demanda. Nesse viéis, também já trouxemos o Mídia Ninja, Greenpeace entre outras representações que discutem por meio do cinema, assuntos necessários a sociedade”, finaliza Keila.

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