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Amor e acessibilidade desaguam no espetáculo Maré

Com um elenco não-hegemônico, formado por artistas com e sem deficiências, Maré é uma metáfora dançada sobre os vários níveis, sobre as intensidades e profundidades do amor. O trabalho do Coletivo Cida estreia oficialmente nesta quarta-feira (11) às 20h dentro da programação do  Festival Acessibilidança da Funarte. 

Criado em 2017 pelo CIDA, Maré foi remontado como uma obra audiovisual, o espetáculo tem coreografia e direção de René Loui e Rozeane Oliveira, a produção discute, pela perspectiva cinematográfica da dança, os diferentes modos de se relacionar. Problematizando gênero, raça, alteridade, capacitismo, e, ainda, violência contra a mulher. Participam: Álvaro Dantas, Jânia Santos e Marconi Araújo. Maré conta com audiodescrição e LIBRAS.

“MARÉ tem repercutido muito positivamente durante a pré-estreia no Itaú Cultural. Nas redes sociais, profissionais com pesquisas relacionadas à dança e/ou à acessibilidade, assim como espectadores com e sem deficiências, nos contactaram para dizer sobre suas impressões para com a obra. Percebemos uma identificação do público, seja pelas temáticas que MARÉ aborda ou pela possibilidade de fruição para todos. As devolutivas que temos recebido desde a noite de pré-estreia com o bate-papo até agora nos impulsiona a continuar pensando e produzindo uma dança acessível e diversa”, declara Arthur Moura, integrante do Coletivo CIDA. 

“Ver  o nosso trabalho em expansão é muito gratificante, ainda mais por essa versão do Maré em junção com o audiovisual e sendo totalmente acessível contendo libras e audiodescrição. Estou muito ansiosa com a estreia oficial no  Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual. Espero de verdade que muitas pessoas possam assistir essa obra e que mais editais nos possibilitem em dar continuidade com a acessibilidade  em nossos trabalhos e na arte como um todo”, declara a bailarina Rozeane Oliveira. 

Além da exibição do espetáculo, será realizada também a exibição do making off. Público pode assistir através do canal da Funarte no Youtube.

O CIDA – Coletivo Independente Dependente de Artistas (RN)

Fundado por Arthur Moura, René Loui e Rozeane Oliveira o Coletivo CIDA é um núcleo artístico de dança contemporânea e performance, fundado no ano de 2016 por jovens artistas emergentes, negros, com e sem deficiências, oriundos das mais diversas regiões do Brasil e radicados na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, com objetivo da profissionalização e subsistência através da dança. Ao longo destes quase cinco anos de existência e resistência, o coletivo já esteve presente nos palcos de mais de 15 cidades do estado do Rio Grande do Norte, em mais de 10 estados brasileiros, e conquistou a internacionalização, apresentando seu trabalho para países como Equador, França, Portugal, Suíça e Índia.

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