Então, estava na segunda conexão para chegar até o meu destino e só escuto aquela voz conhecida me questionando: “Mas, o que você faz para viajar tanto?”.
Respondi: “Faço até macumba, brincadeira, fiz uma escolha!”.
Parece besteira e até clichê dizer isso, mas acredite, é bem por aí mesmo.
Um belo dia percebi que essa vontade obsessiva de viver no meio do mundo era maior do que tudo em mim, e, que se não realizasse esse desejo, iria acabar me tornando uma pessoa extremamente frustrada.
Então, optei por não comprar roupas caras, não comprar tudo o que eu queria no impulso, não fazer saídas extravagantes e gastar muito dinheiro em balada?Jamais!
A partir daquele segundo, eu tinha estabelecido uma nova prioridade e determinado um dinheiro mensal para minha poupança de viagens.
E não é só isso: tenho na minha barra de favoritos sites de promoções de passagens que recebem minhas visitas frequentes (melhores destinos é uma boa dica de site para começar). Além de, claro, todos os programas de milhagens conhecidos (Multiplus e Smiles são essenciais).
Ainda mais: não viajo no luxo, escolho aquele hostel baratinho junto com minha mochila guerreira que vai aguentar todos os ônibus que eu quiser pegar para aproveitar o máximo daquele destino.
Meu maior orgulho é um mapa do aplicativo TripAdvisor do facebook, no qual marco todas as cidades que já visitei e ele me faz o favor de calcular a porcentagem do mundo que conheço. Até agora estou no 8% (a meta para este ano é atingir os 10%). 8% do mundo já é meu, e depois disso, acredite, sou mais minha do que nunca.
Não sei exatamente porque, mas os seres humanos adoram se autovitimizar, e enxergar dificuldades em coisas que podemos conseguir com simples atos, e um pouco de perseverança.
Logo, pare de dizer que “isso” ou “aquilo” te impedem de viajar. Eu também trabalho, eu também mantenho relacionamentos (tento), eu também tenho dificuldades de encontrar um parceiro de viagem. Só resolvi deixar tudo isso de lado e ver o quanto é possível ir para a Tailândia, se assim eu planejar.
Então, prove que esses rabiscos digitais não são só pieguices, e tente economizar aquele dinheiro que você gasta mensalmente com supérfluos. Você verá que além de conhecer o mundo, você se prepará mais para a sua vida, seus desafios.
Como choque final de realidade e incentivo para diminuição do “mimimi” antes de viajar, fica esse filme excelente sobre auto conhecimento causado por viagens e experiências decorridas durante suas “trilhas” (por sinal, está indicado a 2 oscars):
“Se sua coragem negar-lhe, vá além da sua coragem”.
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Publicitária formada pela UFRN, Master Jedi em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pela ESPM, Head of Marketing and Branding na ESIG Group e Sócia Administradora do blog regional Apartamento 702. Comunicóloga, cinéfila, intolerante a lactose e a seres humanos antivacina, metida a blogueira nas horas vagas.
Into the Wild, seria uma boa opção de filme também
Pode crer, e obrigada pela dica do aplicativo do FB, eu não conhecia 🙂