Início » Entenda o caso do casarão que foi demolido em Petrópolis

Entenda o caso do casarão que foi demolido em Petrópolis

Neste sábado passado, 22 de agosto, aconteceu a demolição de um casarão, localizado na Avenida Nilo Peçanha, em Petrópolis.

As imagens da derrubada chocaram muitos natalenses nas redes sociais. E não era para menos, já que o prédio em estilo neoclássico fazia parte da história da nossa cidade desde a década de 1920. O casarão já abrigou o Conservatório de Música Frederico Chopin e nos três últimos anos funcionava como um restaurante. O prédio já havia sofrido algumas modificações efetuadas pelos proprietários no decorrer dos anos, como é possível observar em imagens da ferramenta Street View do Google. Nas imagens fornecidas podemos identificar o casarão de novembro de 2011 a dezembro de 2014.

Depois da derrubada, houve ontem uma mobilização de arquitetos em frente aonde era a casa. O manifesto foi intitulado de “Saudosa Maloca”, e a intenção era mostrar a indignação diante do fato para que tal atitude não se repita.

Na mesma segunda-feira, dia 24, o secretário Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Marcelo Rosado, confirmou que não havia sido autorizada a demolição do prédio. Vejam o que o secretário disse a Tribuna do Norte:

Deram entrada na solicitação no final do expediente de sexta-feira (21), demoliram no sábado (22), antes mesmo do processo chegar às mãos do setor responsável por esse tipo de avaliação.

Marcelo Rosado ainda afirmou que para prédios como este é necessário a SEMURB consultar o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico – RN) e patrimônios do Estado e do Município antes de emitir parecer.

O fato é que este prédio fazia parte da história da nossa cidade, e continha elementos arquitetônicos únicos. Não deveria ser derrubado para a construção de um ponto comercial, e sim, utilizar a sua beleza sem igual como atrativo para novos usos do prédio.

Fiquem com a foto de Jaeci postada pelo Portal no Ar, mostrando claramente a presença do casarão desde os anos 40:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *