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Conheça o projeto “A fotografia potiguar na virada do milênio”

Idealizado pelo jornalista, Everson de Andrade, o projeto “A fotografia potiguar na virada do milênio”, que estreou semana passada no Youtube, consiste em uma série de entrevista que investiga como se comportava a fotografia no estado entre o fim dos anos 90 e os anos 2000.

De acordo com o idealizador, o projeto surgiu a partir da necessidade de conhecer a história da fotografia no RN. “Já temos alguns trabalhos e algumas obras como o excelente fotolivro “Quando a pele incendeia a memória” de Ângela Almeida, mas precisamos de mais. A ideia do projeto surgiu da necessidade da gente conhecer e difundir a nossa produção e história da fotografia. Até mesmo para os mais jovens, que por muitas vezes acreditam que a fotografia surgiu com o Instagram e não conhecem da nossa história. Além disso tem o fato que enquanto um pequeno estado no extremo nordeste do Brasil, muitas das vezes somos massacrados midiaticamente pelas referências dominantes de outros lugares como São Paulo e Rio de Janeiro, mas aqui tem muita coisa, muita coisa boa. Eu mesmo sou grato de ter conhecido a obra de Jean Lopes, por exemplo, desde o meu começo na fotografia e ter nele uma das minhas principais referências. Por essa série de fatores que começar a conversar sobre quem eram e o que faziam os fotógrafos de determinados períodos é algo importante”.

O projeto conta com participações de: Henrique José, Max Pereira, Alex Regis e Pablo Pinheiro. Everson explica que convidou os entrevistados por já conhecê-los. “A princípio eu queria fazer com mais pessoas, procurei algumas figuras que admiro, mas não conheço pessoalmente, como Ana Silva, editora de fotografia da Tribuna do Norte por alguns anos, mas não foi possível. Bem como Giovani Sérgio. Creio que muito por conta da pandemia. Algumas outras pessoas que são importantes também ainda não estava atuando nesse período como Elisa Elsie. Por outro lado eu queria trazer um recorte mais aberto da produção potiguar no período, por isso teve a preocupação de por meio das conversas a gente abarcar o fotojornalismo, fotografia artística, fotografia publicitária, educação, produção. Então a dinâmica de convites foi muito nesse sentido”.

Everson diz ainda que o público pode esperar deste projeto bastante conhecimento. “Conhecer uma face da nossa produção e da história da nossa fotografia que não estava tão as claras, é um dos grandes diferenciais desse projeto. E não é que ninguém estivesse escondendo nada, mas não se conversa tanto sobre o que se produziu e quem eram as personagens.  Portanto, o público pode esperar muita informação e conhecimento. Até mesmo um empurrão para ir atrás de conhecer aqueles que vieram antes de nós e construíram parte do caminho que estamos trilhando hoje. E vale destacar que eles continuam atuando hoje em dia, e com uma produção riquíssima. Um alto nível de qualidade visual que o nosso estado sempre teve”, destaca.

O jornalista, releva ainda que haverá desdobramentos desse projeto. “Durante as entrevistas eu tive acesso à informação da qualidade de imagens e produções guardadas, então um desdobramento que quero investir é incentivar que esses trabalhos ganhem o mundo. Através de exposições e publicações. Mas isso é para 2022.”

Todos os episódios já estão disponíveis no youtube. O projeto foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc.

Assista aqui:

Foto de destaque: Md Iftekhar Uddin Emon no Pexels

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