Olá, gente boa do 702!
Quero começar o texto de hoje falando sobre o Yuri do passado. Sim, quero falar um pouco da minha infância e de um passado não tão distante também e o que eu aprendi nesse tempo.
Eu sempre fui uma criança de mente inquieta. Tinha dificuldades para decorar fórmulas matemáticas e datas de acontecimentos históricos, mas ao contrário do que parece, eu não era um mau aluno. Eu era o típico nerd e meu “problema” é que eu sempre procurava novas formas de aprender, e não apenas decorar, o que era ensinado, seja através de desenhos, de músiquinhas ou de histórias.
Meu caderno da escola parecia um episódio de Adventure Time, ou seja, todo colorido e meio complicado de entender.
Essas técnicas, se assim posso dizer, que desenvolvi quando criança, ajudaram e ajudam ao Yuri do presente a se manter criativo e em constante aprendizado, sempre atento a tudo ao seu entorno. Então hoje quero compartilhar 5 dicas que aprendi com o antigo Yuri de como se manter mais criativo e em constante aprendizado sempre.
#1 Fusão de ideias
Quem é fã do anime chamado Dragon Ball entende visualmente o conceito de fusão que quero passar aqui. Na animação existem momentos em que dois heróis diferentes fazem uma dancinha estranha, ou usam um brinco mágico, e “vualá”, eis que surge um terceiro herói totalmente novo.
Sempre gostei de criar novas palavras, misturar músicas e fazer crossover improváveis nos meus desenhos quando criança. O empreendedor Murilo Gun chama esse processo criativo de combinatividade, que nada mais é que combinar duas coisas para criar uma terceira coisa totalmente diferente.
#2 Anote
Sabe aquela última página dos cardenos de escola que eram sempre cheias de anotações, desenhos, frases e adesivos? Pois é, aquilo é um banquete de inputs. Que tal voltar com esse antigo hábito?
Tenha sempre a mão um bloquinho de papel e uma caneta para anotar insights. Anote frases que te chamaram a atenção, novas ideias, uma palavra diferente que ouviu, faça desenhos e mapas mentais de algum projeto novo. Para os que preferem os meios digitais, crie uma pasta na nuvem para salvar fotos e anotações de coisas que viu pela rua, uma paleta de cor que achou interessante, frases de livros, prints do insta e twitters. Enfim, crie uma pasta para fomentar novas ideias naqueles momentos de crise criativa.
#3 Resolva problemas dos outros
Sim, eu presto atenção na vida dos outros. Por favor, não me julguem, mas é por uma boa causa.
Gosto de perceber como as pessoas agem, vivem e como resolvem seus problemas. Ir a uma praia, um parque, uma cafeteria e ficar observando as pessoas é um ótimo exercício para quem quer ter novas ideias. Repare em como elas resolvem seus problemas, as vezes de forma inconsciente, repare nas suas “gambiarras”, e tente criar áreas de oportunidades e como você poderia resolver esses problemas. As pessoas podem te falar muito mesmo sem te dizer uma só palavra.
#4 Ideias ridículas primeiro
Muito provavelmente você já participou de algum brainstorm na vida, ou no trabalho ou na faculdade, e muito provavelmente também você saiu desse exercício com aquele sentimento de “perda de tempo”. Isso acontece, muitas vezes, porque as pessoas não gostam de expor ideias para julgamento e serem ridicularizadas por isso.
Para quebrar esse bloqueio uso uma técnica que chamo de “As Piores Ideais”. No início de qualquer brainstorm convido aos participantes a expor qual a pior ideia para se resolver o problema. Esse exercício costuma ser sempre bem humorado e gerar ideias bem engraçadas, o que ajuda a nivelar as ideias para baixo, fazendo com que toda ideia que venha depois não pareça tão ridícula.
#5 Conte e ouça histórias
Trabalhei como vendedor de livros em uma grande livraria de Natal por um tempo e tive o prazer de ter clientes maravilhosos. Durante esse tempo em que trabalhava lá desenvolvi muito minha capacidade de contar histórias, pois sempre tinha que resumir o enredo dos livros para vendê-los aos clientes. E da mesma forma, como retorno, recebia inúmeras indicações literárias acompanhada de um breve resumo dos livros.
As pessoas perderam o hábito de contar histórias, e consequentemente, o hábito de ouvir também. Só podemos desenvolver ideias relevantes e desejáveis pelas pessoas se aprendermos a ouvir suas histórias mais sinceras, que é onde habitam suas dores e anseios. Isso é empatia. Sentir a dor com o outro, e assim, criar melhores soluções para o outro.
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Exercite um pouco do seu olhar criativo todos os dias e você verá a diferença que isso fará nos seus projetos.
Espero que tenham gostado das dicas e diz aí o que você faz para se manter criativo e em constante aprendizado.
Amplexos arrochados em todos vocês.