Artistas norte-riograndenses tem até o dia 17 de fevereiro para realizar inscrição no Festival Casa Tomada (8ª Edição da Mostra Casa Tomada). O evento será realizado em formato virtual e acessível, através do site www.coletivocida.com.br/festivalcasatomada entre os dias 17 e 21 de março.
Sob o conceito “Dança Caseira”, o projeto irá selecionar oito grupos, coletivos, companhias ou artistas independentes norte-rio-grandenses – ou residentes no estado – para compor uma programação diversa de cinco dias consecutivos, tendo como ponto de referência a produção artística em período de isolamento social. Os espetáculos, performances e/ou vídeos selecionados contarão com recursos de acessibilidade comunicacional, através da tradução para Libras (Língua Brasileira de Sinais) fornecida pelo próprio festival.
“Como um dos idealizadores do Festival Casa Tomada, vejo que é de suma importância que os artistas potiguares ou residentes no RN se inscrevam na convocatória, pois o Festival tem como proposta contribuir no fomento e na difusão de trabalhos em dança produzidos aqui no estado, assim como busca entender e dialogar com as multiplicidades estéticas da dança norte-rio-grandense, possibilitando assim a criação de uma rede de relações que envolve artistas, produtores, pesquisadores e público. Isso contribui para que os artistas, grupos ou coletivos se reafirmem artisticamente, ganhando protagonismo no cenário cultural” , declara Arthur Moura, artista do Coletivo Cida.
“Além disso, vale ressaltar que o Festival se compromete em realizar, de forma gratuita, a tradução para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) dos 8 trabalhos selecionados, o que contribui para o direito ao acesso da pessoa com deficiência à bens culturais, ou seja, os trabalhos selecionados ainda serão presenteados com a tradução para LIBRAS”, completa Arthur.
Os interessados em exibir seus trabalhos deverão, obrigatoriamente, apresentar uma proposta de oficina virtual a ser executada dentro da programação do festival. Deverão também se comprometer em participar de um bate-papo virtual após a exibição do espetáculo, performance ou vídeo. Cada uma das propostas selecionadas receberá um cachê de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais) referente à exibição da obra, execução de uma oficina e participação no bate papo.
O Festival Casa Tomada é uma iniciativa do Coletivo Independente Dependente de Artistas (CIDA) a ser executada com recursos da Lei Aldir Blanc – Rio Grande do Norte, por meio da Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
COLETIVO CIDA
O CIDA – Coletivo Independente Dependente de Artistas é um núcleo artístico de dança contemporânea e performance, fundado no ano de 2016 por jovens artistas emergentes, negros, com e sem deficiências, oriundos das mais diversas regiões do Brasil e radicados na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, com objetivo da profissionalização e subsistência através da dança. O Coletivo CIDA surge com a perspectiva de somar as forças desses jovens artistas, que ao longo de suas carreiras individuais já obtiveram destaque no cenário nacional e internacional de dança contemporânea. Ao longo destes quase cinco anos de existência e resistência o coletivo já esteve presente nos palcos de mais de quinze cidades do estado do Rio Grande do Norte, em mais de dez estados brasileiros, e conquistou a internacionalização, apresentando seu trabalho para países como Equador, França, Portugal, Suíça e Índia.
Fundado por René Loui e Rozeane Oliveira, artistas que têm em seu histórico na dança o trabalho em outras companhias com perspectiva similar, o CIDA se destaca no cenário cultural norte-rio-grandense por sua produção experimental e inclusiva. O Coletivo CIDA já é considerado como um dos principais grupos do cenário atual de dança contemporânea do Rio Grande do Norte. O CIDA dispõe de uma sede, chamada Casa Tomada, que também funciona como espaço cultural alternativo e fica localizada no bairro Capim Macio, zona sul de Natal.
A Casa Tomada se concretiza como espaço alternativo de artes cênicas, com o foco ajustado na produção de artistas independentes da dança. Desde sua criação o espaço já recebeu artistas das mais diversas regiões, nacionalidades e linguagens de trabalho. A casa, além de abrigar todas as ações do Coletivo CIDA, funciona como espaço de residência e resistência de artistas independentes moradores da capital potiguar.
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Jornalista formada pela UFRN, atua como Comunicadora Criativa e Produtora Cultural comunicando projetos artísticos na cidade do Natal há mais de dez anos. É uma das administradoras do blog cultural potiguar Apartamento 702, é ativista gorda, rainha da brilhosidade, dona e proprietária em Comunica Ceci, praticante de yoga. cinéfila e aprendiz de Lu Roller.