Por muito tempo o papel da mulher casada era ter filhos e permanecer em casa. Apesar de o pai estar ali presente em horários de lazer e nos finais de semana, quem realmente ficava com a parte do cotidiano era a mulher.
Ela acabava exercendo também o papel de pai, quando seus maridos estavam muito ocupados ou displicentes.
O fato é que muita coisa mudou: mulheres trabalham e são mais livres para encarar ter filhos como uma opção e não imposição. Mas será que a mulher-mãe ainda não acaba sendo tantas vezes pai?
Vivemos na sociedade do divórcio, e quando a separação ocorre o comum é a mãe ficar com a guarda dos filhos e o pai ir visitar apenas semanalmente. Escolha baseada em uma cultura de anos, um costume impregnado e difícil de alterar.
A sociedade condicionou aos pais um papel acessório, isto já se tornou o habitual e esperado. Socialmente é determinado que o papel da mãe é educar os filhos e ter para eles dedicação absoluta, enquanto para os pais é delegado a parte da diversão e é aceitável uma devoção parcial.
Claro que esta análise não se aplica a todos os casos, já que existem também os pais presentes e ainda os que desempenham, em tempo integral, o papel de mães.
Em casos como estes, os pais são endeusados por acumularem essas duas funções. Mas milhares de mães criam sozinhas os seus filhos e para a sociedade “não estão fazendo mais do que sua obrigação por terem posto as crianças no mundo”.
Tendo dito isso, nesse dia dos pais gostaria de desejar primeiramente um feliz dia comercial dos pais para todos os homens que não têm medo de dedicar o seu tempo aos seus filhos, ficarem com eles e serem um pouco do que a sociedade espera apenas das mães.
E segundo desejar um feliz dia para a minha mãe e para tantas outras que não tiveram medo de agregar mais uma função na sua vida de supermulher e ir para todos os dias dos pais da escola. Além de encherem os seus filhos de tanto amor a ponto que de eles não sentirem falta de uma figura masculina.
Porque mãe, obrigada por ter me feito entender que preciso fazer as coisas apenas no meu tempo, obrigada por me fazer entender que não existe família anormal ou descomposta, apenas família sem amor.
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Publicitária formada pela UFRN, Master Jedi em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pela ESPM, Head of Marketing and Branding na ESIG Group e Sócia Administradora do blog regional Apartamento 702. Comunicóloga, cinéfila, intolerante a lactose e a seres humanos antivacina, metida a blogueira nas horas vagas.