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Corpos turvos entram em cena com o Coletivo CIDA

Uma obra que problematiza pela linguagem da dança os padrões de invisibilização de corpos pretos, pobres, periféricos, soropositivos, corpos pertencentes da ampla comunidade LGBTQIAP+ e ainda corpos com alguma deficiência, assim é Corpos Turvos, o novo trabalho do Coletivo CIDA (RN) que estreia no Festival Funarte Acessibilidança no dia 22 de julho.

Corpos Turvos teve pesquisa iniciada no ano de 2019, a partir da residência artística na Odisha Biennale, na Índia. A obra inicialmente pensada como um espetáculo solo para os formatos presenciais, agora, a partir de outra residência artística virtual entre René Loui e Jussara Belchior (SC), dois pesquisadores das diferenças na dança, se concretiza como obra audiovisual de dança  dsenvolvida colaborativamente.

O trabalho foi pensado coreograficamente de modo a não excluir a pessoa com deficiência, contrariamente, se constrói a partir das possibilidades de cada corpo que dança. A obra problematiza pela linguagem da dança os padrões de invisibilização de corpos pretos, pobres, periféricos, soropositivos, corpos pertencentes da ampla comunidade LGBTQIAP+ e ainda corpos com alguma deficiência, é também uma urgência da sobrevivência, é um pedido por empatia, é um grito de socorro para que esses corpos deixem de ser números.

“Pensar nessa dança para todos os corpos é questionar a norma. Como artistas temos que inventar estratégias para quebrar os padrões de corpo, beleza e comportamento que são tão limitadores, tanto na dança, quanto no nosso cotidiano. Por mais que estejamos questionando um lugar nosso na dança e inventando e ocupando os lugares para quem não tem um corpo padrão, esse embate não é só para a arte, é realmente para organizar uma estrutura social excludente e opressora e criar outros possíveis”, analisa Jussara.

O espetáculo traz como convidados os intérpretes: Ana Cláudia Viana, André Rosa, Jânia Santos, Marconi Araújo, Minotti Rodrigo, Omim D’Funfun, Pablo Vieira e Rozeane Oliveira.

“Apresentar Corpos Turvos no  Festival Funarte Acessibilidança para nós é sinônimo de reconhecimento, de trabalho bem feito. Estamos mais uma vez, em meio a grandes artistas pensadores da dança que relacionam as diferenças em seu modo de fazer, profissionais que sem dúvida foram em algum momento referências para nossos percursos para com a dança e a acessibilidade. E não para por aí! Tivemos outra grande premiação, o Edital Funarte Circulação das Artes – Edição Centro-Oeste! Sinto que nossa dança alça novos e mais desafiadores voos. Nosso percurso enquanto coletivo tem se ampliado a cada nova realização”, comenta René Loui, um dos integrantes do Coletivo CIDA e coreógrafo de Corpos Turvos.

Todas as informações sobre os lançamentos podem ser acompanhadas através dos canais de comunicação do COLETIVO CIDA. Acesse: www.coletivocida.com.br ou acompanhe o Coletivo no Instagram em: @coletivocida

FICHA TÉCNICA – CORPOS TURVOS
Concepção, Direção Coreográfica e Direção Artística: René Loui
Interlocução Coreográfica e Dramatúrgica: Jussara Belchior
Intérpretes Convidados: Ana Cláudia Viana, André Rosa, Jânia Santos, Marconi Araujo, Minotti Rodrigo, Omim D’Funfun, Pablo Vieira e Rozeane Oliveira
Audiovisual: Ilha Deserta Filmes
Direção de Vídeo, Montagem e Edição: Gustavo Guedes
Direção de Fotografia: Pedro Medeiros / Astromar Filmes
Captação de Imagens: Gustavo Guedes, Júlio Castro e Pedro Medeiros
Imagens Aéreas: Ayrthon Medeiros / Nav Noar
Trilha Sonora Original: Fabian Ávilla Elizalde
Participação Sonora: Katharina Vogt
Fragmento Musical Utilizado: Mozart – Requiem Lacrimosa
Captação de Áudio e Sonorização: De Oliveira Produções Musicais
Trilha de abertura: Falta de Silêncio
Composição: Alessandra Leão
Intérprete: Lia de Itamaracá
 Vozes: Maria Dulce, Luciene Loyce e Biu Baracho
Direção e Produção Musical Falta de Silêncio: Dj Dolores
Acessibilidade: Coletivo CIDA
Roteiro, Tradução e Interpretação para Língua Brasileira de Sinais: Brígida Paiva
Roteiro Audiodescrição: Arthur Moura e René Loui
Locução Audiodescrição: Nara Kelly
Web Designer e Identidade Visual: René Loui
Imagens de divulgação: Brunno Martins
Designer de Iluminação: Leila Bezerra
Operação de Luz: Anderson Galdino
Produção Executiva e Coordenação Financeira: Arthur Moura
Produção Geral:  René Loui
Assessoria de Comunicação: Cecília Oliveira
Figurino: René Loui
Elaboração de Projeto: Arthur Moura e René Loui
Parceiros: Casa Tomada, Ilha Deserta, Comunica Ceci e Bobox Produções
Patrocínio: Funarte – Fundação Nacional de Artes
Prêmios: Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2021, Prêmio Funarte Circulação das Artes – Edição Centro-Oeste
Realização: Coletivo Independente Dependente de Artistas

 

 

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