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Listão: 15 filmes LGBTQIA+ para entender, enaltecer e abraçar toda a diversidade


Depois de um momento de hiato para reformular-se e dar início a uma nova era, o Apartamento 702 retorna lindamente as suas atividades. E para marcar esse retorno vamos falar sobre diversidade nas telonas, já que voltamos poucos dias após o Mês do Orgulho LGBTQIA+ se encerrar e, claro, acreditamos aqui que sempre é tempo de enaltecer a diversidade. Mas, antes do compilado de representatividade vamos entender porque o mês de junho é tido como o mês do Orgulho.

Sobre o Mês do Orgulho LGBTQIA+

O dia do orgulho LGBTQIA+ é ficado no dia 28 de junho em decorrência da revolta de Stonewall, data em que aconteceu o levante pelos direitos da comunidade e contra a violência policial em Nova York.

Esse evento ocorrido no bar Stonewall Inn, nos EUA, em 28 de junho de 1969, é considerado o marco do movimento de liberação gay e o momento em que o ativismo pelos direitos LGBTQIA+ ganha visibilidade pública e as ruas.

Tudo aconteceu porque até o início da década de 60, relações homoafetivas eram consideradas crime nos Estados Unidos. Em 1969, alguns estados já tinham extinguido essa lei, mas Nova York permanecia irredutível. Foi então que na madrugada desse mesmo ano a polícia invadiu o bar e agrediu frequentadores. Treze pessoas foram detidas, entre eles funcionários e clientes. Inclusive travestis e drag queens, que nesses casos, foram presos sob acusação de “violação do estatuto de vestuário”, naquela época havia uma regra que obrigava os cidadãos a vestirem pelo menos três peças de roupas “correspondentes” ao seu sexo de nascimento.

E é sabendo desse marco de virada para a comunidade LGBTQIA+ e de toda a importância de sua história que o Apartamento 702 reúne – ainda que levemente atrasada – 15 filmes para enaltecer, entender e apreciar toda beleza e magnitude da palavra diversidade.

Confere a lista:

Priscilla, a rainha do deserto (1994)

 

Anthony concorda em levar seu show para a estrada, ele convida os travestis Adam e Bernadette para acompanhá-lo. No seu ônibus todo colorido, chamado Priscilla, os três viajam pelo deserto australiano fazendo shows para plateias entusiasmadas e homofóbicos. Porém quando os amigos de Anthony descobrem a verdade da viagem, problemas acontecem.

Hoje eu quero voltar sozinho (2014)

 

Tem filme brasileiro na lisa sim! Leonardo, um adolescente cego, tenta lidar com a mãe super protetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel chega em seu colégio, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.

Tudo sobre minha mãe (1998)

 

No dia de seu aniversário, Esteban (Eloy Azorín) ganha de presente da mãe, Manuela (Cecilia Roth), um ingresso para a nova montagem da peça “Um bonde chamado desejo”, estrelada por Huma Rojo (Marisa Paredes). Após o espetáculo, ao tentar pegar um autógrafo de Huma, Esteban é atropelado e morre. Manuela resolve então ir até o pai do menino, que vive em Barcelona, para dar a notícia. No caminho, ela encontra o travesti Agrado (Antonia San Juan), a freira Rosa (Penélope Cruz) e a própria Huma Rojo.

Transamerica (2005)

 

Prestes a realizar uma cirurgia para mudança de sexo em Nova York, a travesti Bree descobre que tem um filho adolescente e problemático. Aconselhada pela psicóloga a resolver essa questão antes da operação, Bree vai encontrá-lo em São Francisco.

Carol (2016)

 

Em Carol, acompanhamos Therese Belivet (Rooney Mara), uma jovem que tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece a elegante Carol Aird (Cate Blanchett), uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha. Carol, que está se divorciando de Harge (Kyle Chandler), também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o Natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos Estados Unidos.

Madame Satã (2002)

 

Nas favelas do Rio da década de 1930, João Francisco dos Santos é várias coisas – filho de escravos, ex presidiário, bandido, homossexual e patriarca de um bando de párias. João se expressa no palco de um cabaré como o travesti Madame Satã. O filme é baseado em um personagem real.

Filadélfia (1993)

 

O advogado Andrew trabalha num conceituado escritório de advocacia. Quando descobre que é portador do vírus HIV, é despedido sumariamente. Ele então contrata os serviços de outro advogado para processar a companhia.

Milk, a voz da igualdade (2009)

 

Início dos anos 70. Harvey Milk (Sean Penn) é um nova-iorquino que, para mudar de vida, decidiu morar com seu namorado Scott (James Franco) em San Francisco, onde abriram uma pequena loja de revelação fotográfica. Disposto a enfrentar a violência e o preconceito da época, Milk busca direitos iguais e oportunidades para todos, sem discriminação sexual. Com a colaboração de amigos e voluntários (não necessariamente homossexuais), Milk entra numa intensa batalha política e consegue ser eleito para o Quadro de Supervisor da cidade de San Francisco em 1977, tornando-se o primeiro gay assumido a alcançar um cargo público de importância nos Estados Unidos.

Flores raras (2013)

 

Mais um filme brasileiro baseado em acontecimento reais. Flores raras é um filme de 2013 dirigido por Bruno Barreto e se passa no Rio de Janeiro nos anos 50 e 60. O longa narra o romance da arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares, interpretada por Glória Pires, e a poetisa americana Elisabeth Bishop, protagonizada por Miranda Otto.

Bixa travesty (2019)

 

O documentário brasileiro Bixa Travesty é de 2019 e tem direção de Kiko Goifman e Claudia Priscilla. Nesse filme somos apresentados à cantora e performer Linn da Quebrada, transsexual negra que traz muitos questionamentos acerca da representação dos corpos, sexualidade, raça e classe social em sua arte.

Paris is burning (1991)

 

Esse é um documentário norte-americano de 1991 que percorre o universo das drags queens da periferia novaiorquina. Dirigido por Jennie Livingston, o filme traz entrevistas e cenas de bastidores dos shows e competições. Um ótimo registro sobre o mundo performático das drags dos anos 90.

Tatuagem (2013)

 

Tatuagem é um filme brasileiro de 2013 com direção de Hilton Lacerda. O drama, passado na década de 70 em Pernambuco, nos mostra a companhia de teatro Chão de Estrelas e sua trupe. Nele é exibida a história de Paulete, Clécio e Fininha, personagens LGBT que vivem um triângulo amoroso.

Orgulho e esperança (2014)

 

No ano de 1984, durante o período de Margaret Tatcher no poder, os mineiros decidem entrar em greve. Um grupo de ativistas homossexuais começa a trabalhar para arrecadar dinheiro para a família desses trabalhadores. O problema é que a União Nacional dos Mineiros parece um pouco constrangida em receber essa ajuda. Mesmo assim, os ativistas não desanimam e se mostram dispostos a vencer preconceitos para poder ajudar essas pessoas.

Má educação (2004)

 

Um velho amigo entrega ao cineasta Enrique Goded um roteiro baseado na adolescência dos dois em um internato católico. Alternando passado e presente, o roteiro faz Enrique refletir sobre os efeitos da repressão sexual em sua vida.

Meninos não choram (1999)

 

A história da vida de Brandon Teena, uma mulher que escolhe se passar por homem. Ela começa um caso de amor com uma mãe solteira da zona rural de Nebraska e sofre trágicas consequências como resultado da descoberta de sua transexualidade.

Bonus:

A morte e a vida de Marsha P. Johnson (2017)

 

Nesse documentário de 2017 dirigido por David France, acompanhamos a história de Marsha P. Johnson, uma personalidade importante na comunidade LGBTQIA+ novaiorquina. Marsha era uma figura pública da TV e teve um valioso trabalho como ativista pela causa, fundando Transvestites Action Revolutionaries. Inclusive Marsha é uma peça importante na revolta de Stonewall, ou seja, figura memorável para o mês do orgulho.

*Que o nosso direito para ser quem somos de fato sejam plenamente alcançados. E que a dignidade e liberdade cheguem para todo e qualquer ser humano.
**Orgulhe-se!

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