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Como explicar a expressão “boy” para os seus amigos não natalenses

Quando eu viajo ou recebo alguém de fora em Natal, sempre sou questionada pelos meus amigos não natalenses sobre a o que significa a expressão “boy”.

De fato parece não fazer sentido nenhum para eles como empregamos “boy/boe” para qualquer pessoa, e como, além de tudo, isso se aplica as mais diversas situações.

Se houver a necessidade de explicações sobre a expressão, lá vão algumas dicas valiosas para serem utilizadas na explicação.

A origem do boy?

Muitos dizem que a origem da utilização da palavra “boy” teve início com a vinda dos americanos para nossa capital durante a Segunda Guerra Mundial. O que pessoalmente me parece fazer total sentido, já que muitos natalenses foram influenciados pela cultura americana e achavam “descolado” a utilização de palavras do seu idioma.

O substantivo ‘boy’ no vocabulário natalense é comum de dois gêneros, isso quer dizer, empregado tanto para homens, quanto para mulheres. Você pode identificar o gênero do sujeito falado pelo artigo, “a boy” ou “o boy”.

Não se espante se ouvir por aí um erro de concordância, afinal, que natalense nunca falou “os boy”. Apesar de alguns já utilizarem o plural “os boys”.

Caso toda essa explicação só tenha confundido mais ainda a cabeça do seu amigo gringo, lembre de dizer o quanto no Brasil há expressões peculiares em cada estado e cidade. E ouso dizer que tenho muito orgulho desses boy natalense.

 

18 comentários em “Como explicar a expressão “boy” para os seus amigos não natalenses”

  1. Bruno Costa galado, até onde sei, é referente aos trajes de gala dos militares da segunda guerra.
    Daí utilizar a palavra galado se popularizou e se tornou o que é hoje.

  2. Isso é um linguajar xulo que não chegou pela influência norte americana, já que ha vinte anos atrás não se ouvia tal expressão.
    A expressão "boy" saiu da favela e ganhou a adesão da classe média, por isso se ouve muito, mas antigamente só se ouvia "boy" da boca de viciados e delinquentes.

  3. Como o parceiro já falou, a palavra galado tb teve origem na segunda guerra mundial, os americanos saiam com seus trajes de gala e ficavam as natalenses, já os natalenases começaram a chamar os "gringos"(que tb tem origem em Natal) de galados por ficarem com as mulheres e eles não. Hj em dia é usada em vários sentidos bons e ruins.

  4. Tenho uma explicação bastante particular p/isso, pois fui testemunha ocular e auditiva!Rsrsr! Antes de 1987 – até onde lembro – aqui em Natal não se usava esse termo! Tudo começou numa singela aula de inglês no Instituto Ary Parreiras, qd um revoltado aluno que atendia pelo nome de Carlos Magnus se negou a assistir a uma aula de inglês da professora William e resolveu deliberadamente tirar um sarro com o vocabulário! Logo ele começou a chamar as meninas de boy e isso acabou pegando no colégio por um tempo! Depois p/chegar ao resto do Alecrim e os demais bairros foi um pulo! Inclusive ele sempre fazia piada alegando q foi o pai da gíria! Passados quase 30 anos o termo ainda tá batendo as bocas da "boyzada" por aí….Qual a prova que eu tenho p/provar isso?Nenhuma, só minha memória… 😉

  5. Boy é bastante comum aqui no Recife também.
    Agora estão usando 'man' como vocativo pra tudo (no lugar de véi, boy, cara e afins) e é uma afronta aos ouvidos ouvir o tempo todo "Ei, mên" "Faz isso não, mên" "Ôxe, mên".

  6. Um amigo meu veterano da segunda guerra disse que "galado" foi um termo pejorativo criado para zoar com os americanos que viam aqui na nossa cidade em tempos de festas de gala das forças armadas americanas… Os cozinheiros brasileiro olhavam para os americanos com as roupas de gala que geralmente são brancas e diziam "Olha como o gringo ta todo galado" rsrsrs

  7. Pingback: Confira o minidicionário de termos e expressões tipicamente potiguares | O Jornal de Hoje

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