Junho chegou, o mês reconhecido como o mês do Orgulho LGBTQIA+. Apesar de outras datas tão importantes quanto essa existirem em outros meses do ano, é no dia 28 de Junho que está fincada a bandeira nas cores do arco-íris como marco indelével da luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ pelo mundo.
Em vários países do mundo, incluindo o Brasil, o mês de junho é marcado por várias manifestações a favor dos direitos da comunidade LGBTQIA+. É nesta época em que são realizadas as famosas paradas pelas ruas do país, que reúnem milhões de pessoas marchando, sem medo, para impetrar mais visibilidade, respeito e, principalmente, direito a vida.
Nos últimos anos o Brasil tem registrado grande apoio social e mercadológico para a nossa comunidade, ainda assim, casos de violência contra pessoas da comunidade LGBTQIA+ só crescem demonstrando a relevância, urgência e a importância de um mês inteiro voltado para a causa.
O caso mais recente do estado aconteceu na cidade de Mossoró. Eliel Ferreira Cavalcante Júnior, de apenas 25 anos, foi morto por, pelo menos, sete tiros em abril deste ano. O motivo? Homofobia de um vizinho do namorado da vítima. Após o crime, a primeira versão da polícia apontou que Eliel teria sido morto ao ser confundido com um assaltante, foi derrubada pelo namorado da vítima, que constatou que o caso era, sem nenhuma dúvida, um crime de ódio. O Brasil acumula casos como esse. Os últimos dados da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) apontam que o maior índice de casos é contra transexuais e travestis, 175 foram assassinadas em 2020, de um total de 237 homicídios contra toda a comunidade LGBTQIA+.
A forma mais eficaz de combater essas violências contra o grupo – que se manifestam de várias formas e nem sempre são físicas e fatais – é celebrando a nossa existência, humanidade e cidadania pelos meios mais visíveis e possíveis. O mês, que se originou por meio de uma revolta que aconteceu em 1969 em Stonewall, Nova York, será lembrado aqui no Apartamento 702.
O que foi a Revolta de Stonewall?
Stonewall Inn era um bar de Nova York, o lugar era considerado um dos únicos ambientes seguros e socialmente liberto para a comunidade LGBTQIA+ da época. Seguro porque naquele tempo não ser heterossexual era crime nos Estados Unidos. Inclusive, havendo regras de vestimenta rigorosas e monitoradas pela polícia, quem não se vestisse com roupas adequadas ao seu gênero poderia ser detido nas ruas de Nova York. Essas razões colocaram o Stonewall Inn na mira das autoridades, sendo frequentemente perseguido. As batidas policiais violentas alcançaram um outro nível em 28 de Junho de 1969, dando início a Revolta de Stonewall, responsável por mudanças significativas para a comunidade.
No ano seguinte, em 1970, 10 mil pessoas se reuniram para comemorar o marco histórico e as mudanças, desencadeando uma onda de luta contra a discriminação e violência em todo mundo. Essa celebração deu inicio as tradicionais paradas LGBTQIA+ que acontecem pelo mundo inteiro neste mês, celebrando vozes e existências.
Apartamento 702 na Luta
Sabendo da importância da data para toda a comunidade, nós do apartamento 702, vamos fazer uma programação especial durante todo mês de junho, pautando assuntos relevantes para a comunidade, convidando gente que tem muito a dizer e abrindo espaço para que vozes e discursos sejam maximizados. Celebraremos juntos a diversidade.
Jornalista formado pela UNP – Universidade potiguar – é assessor de imprensa corporativa da Us Comunicação e já escreveu em diversos portais sobre os mais variados assuntos. Hoje escreve sobre sua maior paixão no Apartamento 702, a sétima arte. Venera café, livros, filmes empoeirados, plot twists e hoje protagoniza um spin-off de vida fitness.