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Confira a entrevista exclusiva com a famosa Bicha Natalense

Hoje o nosso apê está mais iluminado e cheio de purpurina, isso tudo porque tivemos o prazer de entrevistar a bicha mais destruidora da grande Natal, a Bicha Natalense.

Esta diva polêmica e ídola potiguar respondeu cinco perguntinhas sobre sua vida, história e ainda contou intimidades de derrubar forninhos.

Joga a cara no sol e confere tudo com a gente  a seguir.

OBS: Para quem não conhece a bicha, segue sua fanpage aqui.

1. Como surgiu a ideia de criar o personagem/página “Bicha Natalense”?

Mona, a ideia surgiu há uns dois anos, na época em que eu flertava com o Boy Naldinho, mais conhecido como Pinta Natalense. Estávamos de chamego num córrego das Quintas, quando ele propôs uma tchacatchaca na butchaca e tirou minha virgindade. Meus pais acabaram descobrindo e exigiu que formalizássemos a relação. Foi aí que eu herdei o sobrenome dele (Natalense) e eu, a Bicha, passei a me chamar Bicha Natalense. Terminamos o namoro quando eu o flagrei na cama com duas morenas no Passo da Pátria. Aquilo me chateou tanto, mulher, que eu decidi investir com tudo na minha carreira artística. Lancei-me no Facebook e atualmente reino como a bicha mais popular da Grande Natal. Ninguém mais poderosa que Deus, Susana Vieira e eu!

2. Qual a receptividade das pessoas com você? (Positiva? Negativa? Já rolou algum preconceito?)

O que são duas ou três pessoas que me odeiam, quando 9 mil me amam e idolatram? Meu amor, eu sou querida, famosa e divina! Uma vez ou outra aparecem umas monas invejosas, mas para o recalque uso minhas make d’O Boticário e tomo meu shake by Luciana Gimenez, comprados com os cachês que eu ganho pra dar close nas boates de Natal, isso não é nada. Tomo champanhe no NAU com meu boy magia e nado nas lágrimas das inimigas, enquanto apontam o dedo pra mim dizendo que o que faço é pecado. Pecado pra mim é julgar os outros, perseguir aqueles que apenas reivindicam amar e ser amado.

3. Como você enxerga a aceitação dos homossexuais, transexuais e bissexuais na nossa cidade?

Embora ache Natal uma cidade gay (pesquisas extraoficiais dão conta que 11 em cada 10 homens jovens em Natal sejam gays [risos]), o preconceito ainda é muito recorrente. Não é incomum vermos na grande mídia casos de homofobia, transfobia e machismo, da violência verbal ao assassinato. Isso me entristece, mas me dá mais garra para lutar contra toda e qualquer violência de gênero ou por orientação sexual. Por isso, estou sempre ressaltando em minha página no Facebook a importância do respeito às diferenças.

4. Você esperava toda a repercussão que a página “Bicha Natalense” tem hoje?

Fui tudo muito mágico! Quando eu era criança dançava Rouge e sonhava com o dia em que subiria nos palcos pra fazer meu próprio show, ser famosa e bater cabelo nas melhores festas. Hoje já sou convidado às festas no Galpão, Casanova e Vogue, querem meu corpo nu e gritam “Bicha, eu te amo” aonde quer que eu vá, sou reconhecido. Mas, pra mim, o céu é o limite! Como bem diz uma música da Cláudia Leitte, “eu quero ser famosa, estar na TV, faturar milhões no BBB”.

O que mais me deixa feliz com o sucesso é a minha página no facebook e o carinho que recebo todos os dias das bichetes (como carinhosamente chamo meus fãs). São poemas, declarações de amor e, sobretudo, a confiança de chegar em mim pra desabafar e contar algum drama que estejam passando. É bacana perceber que muitos confiam em mim, gostam do que faço e me veem como representante da causa LGBT. À essas pessoas, eu retribuo com o compromisso de sempre oferecer o melhor conteúdo, boas risadas e muita animação. Às inimigas desejo vida longa, pra que elas vejam cada vez mais nossa vitória. Bateu de frente com a Bicha e as gays de Natal, é só tiro, porrada e bomba!

5. Por que você decidiu manter sua identidade em segredo?

Mulher, já parou pra imaginar que graça teria se Lombardi tivesse mostrado seu rosto ou o Sombra do Ratinho? Nenhuma, porque é justamente esse mistério que dá o tom da graça! Evidentemente que algumas já sabem, mas a maioria segue curiosa [risos]. Talvez um dia ponha a cara no Sol, mas até lá sigo me divertindo com a situação.

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