Mas quem danado foi Rodolfo Garcia? Bem, ele foi diretor da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, imortal da Academia Brasileira de Letras e é considerado um dos maiores historiadores brasileiros. É sobre esta figura que o jornalista e escritor, Gustavo Sobral, se debruça no seu mais novo trabalho “Rodolfo Garcia”.
Gustavo conta que o se deparou com o trabalho do historiador durante o período que atuou como diretor do Instituto histórico local. “Quando diretor de biblioteca, arquivo e museu do instituto histórico local, me deparei com a figura de Rodolfo Garcia (1873-1949) que, além de ter feito um completo trabalho de pesquisa sobre a história do Brasil, geriu a Biblioteca Nacional (1930-1945), recuperou documentos, escreveu a história, editou os anais, promoveu cursos de aperfeiçoamento etc. Foi um historiador gestor. E vi que não havia quase nada escrito sobre ele na atualidade. Se tornou imperativo escrever.”, comenta.
Nesse período ele encontrou uma completa obra dispersa distribuída, sobretudo, nas revistas do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), foi aí que viu um homem interessante que fumava em um cachimbo britânico, usava uma lente para pesquisar os documentos históricos e foi intitulado o “solucionador das causas históricas”. “Ele era capaz de solucionar todas as dúvidas da história. Pode ser exagero, mas é poético”, diz Gustavo.
Na publicação, que é um breve ensaio, Gustavo Sobral apresenta um retrato do historiador Rodolfo Garcia. Há ainda desenhos que acompanham o texto, que são rabiscos do autor. A capa é uma obra especialmente criada por Angela Almeida para o trabalho que tem projeto editorial do Sertão Comunicação & Mídia. .
“Busquei Rodolfo Garcia no testemunho dos seus pares, nos jornais pernambucanos do começo do século XX, nas revistas do instituto Pernambucano, do Instituto Histórico Brasileiro, Anais da Biblioteca Nacional, passei pela sua correspondência. Andei pelos livros, juntei fragmentos, li suas introduções, explicações e notas, artigos e conferências. Conclui uma primeira versão do texto em 2017”, relembra Sobral.
“O trabalho ficou na gaveta e, quando recebi o convite da Biblioteca Nacional para participar de uma conversa sobre Rodolfo Garcia (será na quinta-feira, dia 12 de agosto, no canal da biblioteca no youtube, às 17h), resolvi publicar. O mais difícil é trabalhar o texto, procurar ser claro, objetivo e além de tudo tornar o texto interessante e agradável ao leitor. Contar uma vida e escrever sobre uma obra como quem conversa. Feito isso, vem toda a preocupação com a edição, a capa, o formato, etc. Ai, Angela Almeida me fez um retrato de Garcia especialmente para ilustrar a capa; e eu inventei de rabiscar algumas ilustrações para acompanhar o trabalho. E o resultado aí está”, encerra o jornalista.
A publicação pode ser adquirida na Flora Cafeteria, na Floricultura Flor de Algodão, localizada na Av. Rodrigues Alves, 443 – A – Petrópolis. Horário de funcionamento: segunda a sexta, 12h às 19h; sábados 9h às 15h. Pagamento pode ser feito em dinheiro ou transferência para conta corrente e custa R$ 30,00.
Sobre Gustavo Cabral
Jornalista, escritor, autor e organizador de diversos livros, Gustavo Sobral nasceu em Natal. Iniciou os seus estudos em Direito, graduando-se em 2006; e em Jornalismo, em 2012, quando também concluiu o mestrado em Comunicação. Sobral iniciou a sua carreira como jornalista – a qual se dedica – publicando ensaios sobre cultura, história e literatura.
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Jornalista formada pela UFRN, atua como Comunicadora Criativa e Produtora Cultural comunicando projetos artísticos na cidade do Natal há mais de dez anos. É uma das administradoras do blog cultural potiguar Apartamento 702, é ativista gorda, rainha da brilhosidade, dona e proprietária em Comunica Ceci, praticante de yoga. cinéfila e aprendiz de Lu Roller.