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Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte elegem os melhores filmes de 2020

A Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte (ACCiRN) acaba de divulgar os melhores filmes de 2020, de acordo com seus associados. Da eleição fizeram parte três categorias: melhor filme potiguar, nacional e internacional. Vai Melhorar, de Pedro Fiuza, foi eleito o melhor filme potiguar de 2020. Pacarrete, de Allan Deberton, é o melhor filme nacional; e Joias Brutas, de Benny Safdie e Josh Safdie, o melhor filme internacional.

Participaram da eleição os 18 membros atuais da ACCiRN. Para a crítica Marcela Freire, Vai Melhorar captura “a atmosfera de desesperança em que estamos mergulhados no Brasil”. Machismo casual, indiferença quanto ao resultado das eleições e jovens tocando música sertaneja em seu carrão da moda são elementos de um retrato “de uma Natal que seus moradores, como eu, vão reconhecer de imediato”, descreve a crítica.

O longa cearense Pacarrete, vencedor do 47º Festival de Cinema de Gramado, também agradou os críticos potiguares. “Me faltam adjetivos justos para descrever a obra nacional que mais me comoveu na última década”, escreveu Dan Hetzel sobre o filme.

Num ano fora do comum, em que cinemas estiveram fechados durante quase todo o período, os críticos estiveram de olho nos lançamentos em streaming, como Netflix, Amazon e HBO. O eleito melhor do ano, Joias Brutas, é uma coprodução da Netflix, estrelada por Adam Sandler e dirigida pelos irmãos Josh e Benny Safdie. “É genuíno, raivoso e intenso”, descreveu ao falar sobre o filme o crítico Sihan Felix, presidente da ACCiRN.

Todos os vencedores e as críticas sobre eles podem ser conferidos aqui: http://accirn.weebly.com/melhores-do-ano .

Os melhores de todos os tempos

A ACCiRN já havia feito, no segundo semestre de 2020, sua primeira compilação dos 100 melhores filmes de todos os tempos. Da eleição fizeram parte duas categorias: melhores filmes de todos os tempos, de qualquer nacionalidade, e melhores filmes nacionais de todos os tempos.

Na primeira lista, foi eleito O Sétimo Selo como o melhor filme de todos os tempos. Considerado a obra-prima do diretor sueco Ingmar Bergman, lançado em 1956, o filme resgata a Europa da era medieval, arrasada pela peste negra, num pano de fundo para um jogo de xadrez travado entre um cavaleiro que retorna das cruzadas e a própria morte, em pessoa. Em segundo lugar, foi eleito O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola e em terceiro, o filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick.

Na versão brasileira da lista, Cabra Marcado para Morrer foi eleito o melhor filme nacional de todos os tempos, de acordo com os críticos que fazem parte da ACCiRN. Em segundo lugar, na lista nacional, foi eleito Limite, de Mário Peixoto. E, em terceiro, Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, lançado em 1964.

Para Sihan Felix, presidente da ACCiRN, listas não trazem verdades absolutas. “Somos plurais, temos gostos variados e enxergamos o cinema de muitas formas. Não temos unanimidade e nem queremos ter. O que mais desejamos é que, juntos, possamos pensar o cinema, vê-lo como múltiplo e entendermos que o mundo é complexo demais para que desejemos ser suficientes”, explica.

As listas completas podem ser acessadas em: http://accirn.weebly.com/melhores-de-todos-os-tempos.html .

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