O Cineclube Areal realiza sua estreia na próxima semana em Parnamirim com exibição de obras cinematográficas de forma gratuita. O projeto é uma janela de exibição independente, voltada para a veiculação de produções no formato de curtas-metragens e longas-metragens dirigidos por mulheridades (mulheres cis, trans, travestis e pessoas trans não-binárias) do Sul Global (Brasil e América Latina). A sessão de estreia ocorre na sede da produtora audiovisual Nobir, às 19h, com entrada gratuita e acessibilidade comunicacional.
O cineclube foi criado com o objetivo de descentralizar a exibição de cinema no estado, oferecendo uma janela de exibição para produções independentes, muitas delas ainda inéditas no Rio Grande do Norte. Além disso, o projeto visa formar o público local e fomentar discussões sobre as questões sociais abordadas nos filmes. O cronograma de exibição do projeto inclui 5 sessões no mês de maio.
Para Ádila Santos, idealizadora do projeto, o Cineclube Areal nasceu da necessidade de espaços que promovam o acesso ao cinema independente em Parnamirim. “Em uma análise preliminar, percebemos a falta de espaços culturais em Parnamirim que ofereçam esse tipo de conteúdo. O projeto também se torna uma vitrine para o cinema produzido por mulheridades e minorias, e desempenha um papel importante na formação de um público local, além de enriquecer culturalmente a cidade por meio dos debates que ocorrem após cada exibição”, explica.
Estreia
A programação do Cineclube Areal foi definida a partir de uma pesquisa curatorial realizada pelas cineastas Ádila Santos, Diana Coelho e Rosy Nascimento.
A sessão de abertura contará com a exibição do curta-metragem Pedras Não Flutuam (2019, 8’12”), dirigido por Lara Ovídio. O filme retrata os vestígios da antiga cidade de São Rafael Velha, no interior do Rio Grande do Norte, submersa na década de 1980 pela construção da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves. Com a recente estiagem prolongada no Nordeste, parte da cidade voltou à superfície, revelando memórias antes encobertas pelas águas.
Em seguida, será exibido o documentário O Bem Virá (2020, 80 min), dirigido por Uilma Queiroz. A obra acompanha a trajetória de mulheres que, durante a seca de 1983 no sertão do Pajeú pernambucano, enfrentaram a miséria e lutaram pelo direito à sobrevivência. Em um contexto em que ser mulher significava, muitas vezes, estar limitada à gestão da escassez, essas protagonistas desafiaram os papéis impostos e afirmaram-se como agentes de transformação social.
Todos os filmes serão exibidos com legendas em Língua de Sinais Brasileira (LSE). Após as sessões, haverá um debate com a presença de intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Também será disponibilizado um espaço kids, conforme a demanda do público.
O Cineclube Areal conta com o patrocínio da Fundação José Augusto, Secretaria de Cultura do Rio Grande do Norte, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Serviço:
Cineclube Areal
Data de estreia: Quarta-feira, 30 de abril, às 19h
Local: Sede da produtora audiovisual Nobir- Av. Ten. Cordeiro, 436 – Centro, Parnamirim
Programação: exibição do curta Pedras não Flutuam e do documentário O Bem Virá
Acessibilidade:Pedras não Flutuam conta com legenda e o documentário O Bem Virá terá audiodescrição. Os debates contarão com intérprete de Libras.
Para acompanhar a programação: Siga o perfil no Instagram @cineclubeareal
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Jornalista formada pela UFRN, atua como Comunicadora Criativa e Produtora Cultural comunicando projetos artísticos na cidade do Natal há mais de dez anos. É uma das administradoras do blog cultural potiguar Apartamento 702, é ativista gorda, rainha da brilhosidade, dona e proprietária em Comunica Ceci, praticante de yoga. cinéfila e aprendiz de Lu Roller.