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Saiba tudo sobre o espetáculo “Coisas que Guardei Aqui Dentro”

“Coisas que Guardei Aqui Dentro” é o mais novo trabalho da Sociedade T, agrupamento de artistas que pesquisam cena contemporânea desde 2013 na cidade do Natal/RN. Este é o segundo espetáculo construído por eles para o vídeo e estreia em breve.

O espetáculo apresenta dois indivíduos LGBTQIA+ em uma troca de subjetividades e vivências através de diálogos efêmeros que remetem as relações contemporâneas. A estreia está marcada para o dia 24/07 às 19h no canal do YouTube da Sociedade T.

Conversamos com os artistas do coletivo para saber mais sobre este novo espetáculo teatral. Confira a entrevista:

702: O que motivou a construir esse novo trabalho?

Pablo Vieira: Eu apresentei um texto para Mosiés que havia escrito há um tempo e encontramos possibilidades de retrabalhar ele em uma obra. Foi um momento também de olharmos para nossa trajetória, novos arquivos e desejos de criação guardados, assim resolvemos movimentar essas palavras que, em nossa leitura, se aproximavam de alguns questionamentos afetivos.

702: Este é o segundo espetáculo da Sociedade T pensado para o vídeo. Quais foram os desafios enfrentados nesta nova produção?

Moisés Ferreira: O principal desafio foi o tempo! Tivemos pouquíssimo tempo para montagem. Foi bem no período que estavam cogitando adiar a prestação de contas dos projetos da Aldir Blanc. Como havia apenas especulações sobre a possibilidade de estender ou não o prazo, decidimos não correr esse risco. Fizemos um cronograma imersivo de ensaios, gravação e edição para dar conta dos prazos dos editais. Foi tudo muito intenso. Trabalhamos com a expectativa de que nada poderia dar errado.

702: O que o público pode esperar desse trabalho?

Moisés Ferreira: Muita loucura. Muitas dúvidas. Muita ousadia. Provocações. Desejos. Imagens. Diálogos que despertam uma memória atrevida, safada, tímida. A gente deseja que o público mergulhe conosco sem muito pudor, bem desprendido da caixinha, sabe? Tem uma cena sonora bem no meio do espetáculo, que particularmente, eu acho fantástica. Queremos surpreender, sair um pouco do óbvio, do clichê romântico de duas gays safadas. Acho que fiquei empolgada nessa resposta! Kk Mas é isso, a gente quer delírios.

foto: Brunno Martins

702: Neste novo trabalho vocês pautam as subjetividades de dois indivíduos LGBTQIA+. Como é colocar essas questões em pauta em um Brasil que tem altos índices de assassinato e violência contra pessoas LGBTQIA+?

Moisés Ferreira: Por mais que o nosso trabalho não fale diretamente sobre essa questão importantíssima, a própria existência dele, por si, já é muito válida. No processo de montagem, fizemos questão de trabalhar com uma equipe que fosse majoritariamente LGBTQIA+. Foi lindo compartilhar com outros profissionais e artistas nossas vivências e experiências enquanto estávamos imersos num processo de montagem. Em muitos desses compartilhamentos era constante alguma fala sobre violência, repressão, submissão… É tanta coisa absurda que uma pessoa LGBTQIA+ precisa enfrentar sozinha.

702: A estreia acontece no dia 24, é exibição única ou será possível assistir em outros dias?

Moisés Ferreira: Nossa estreia acontece no dia 24, mas ainda vamos deixar rolando por uns dias, claro! Queremos que todos possam prestigiar esse trabalho na hora que bem desejar, por isso o vídeo ficará disponível 24h no Youtube por mais uma semana, possivelmente.

Ficha técnica:
Criação: @sociedadet
Direção de Arte e Provocação Cênica: @danieltorresartes
Dramaturgia: @pablo_vieiraf
Atuação: @moisesferre1ra e @pablo_vieiraf
Direção Musical: @moisesferre1ra
Operação de Luz: @nandooficial_01
Captação de som e imagens: @progavazza@cintia_da_hora e @ahfilho
Edição: @cintia_da_hora
Colaboração: @alvarodantas2
Produção Executiva: @mateus_defreitas
Registro fotográfico: @brunnomartinsfotografia
Designer: @chateaubriand_almeida
Mídias Sociais: @acheinoescuro

Agradecimento: @guedes_by_gus e @leilabezerra_
Apoio: @a3espaco

“Coisas Que Guardei Aqui Dentro” foi contemplado com a Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, através da Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

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