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Coletivo CIDA encerra programação de 5 anos com exibição de CORPOS TURVOS

Finalizando as ações de comemoração de cinco anos, o Coletivo CIDA (RN), formado por artistas com e sem deficiências, apresenta neste fim de semana o espetáculo Corpos Turvos. A exibição única acontece em formato online às 20h de forma gratuita através do canal do coletivo no Youtube.

Fundado por Arthur Moura, René Loui e Rozeane Oliveira o Coletivo CIDA é um núcleo artístico de dança contemporânea e performance, fundado no ano de 2016 por jovens artistas emergentes das mais diversas regiões do Brasil e radicados na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, com objetivo da profissionalização e subsistência através da dança.

CORPOS TURVOS teve pesquisa iniciada no ano de 2019, a partir da residência artística na Odisha Biennale, na Índia. A obra inicialmente pensada como um espetáculo solo para os formatos presenciais, agora, a partir de outra residência artística virtual entre René Loui e Jussara Belchior (SC), dois pesquisadores das diferenças na dança, se concretiza como obra audiovisual de dança  desenvolvida colaborativamente entre o Coletivo CIDA, a Ilha Deserta Filmes e a Astromar Filmes. Para essa exibição, foram convidados dois importantes artistas da cena norte-rio-grandense: Pablo Vieira e Rozeane Oliveira, co-fundadora do Coletivo CIDA.

A obra conta com concepção, direção coreográfica e artística de René Loui (MG/RN), interlocução dramatúrgica e coreográfica de Jussara Belchior (SC), direção de vídeo de Gustavo Guedes, direção de fotografia de Pedro Medeiros (Brasil/Tailândia), trilha sonora de Fabian Avilla Elizalde (México), participação sonora de Katharina Vogt (Alemanha) e para cada nova exibição conta com um elenco formado por um núcleo não hegemônico de artistas e técnicos com e sem deficiências moradores da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.

“O processo de CORPOS TURVOS com o René foi uma surpresa muito boa para mim. Eu não conhecia o trabalho dele e do Coletivo Cida, fiquei muito curiosa e ver todas as ações que eles desenvolvem me deixou muito feliz com o convite. Foi um desafio muito interessante atravessado pelos protocolos pandêmicos e levantando as questões que tomavam tanto a parte de pensar o movimento, quanto a parte da construção cênica”, comenta Jussara Belchior.

“Pensar nessa dança para todos os corpos é questionar a norma. Como artistas temos que inventar estratégias para quebrar os padrões de corpo, beleza e comportamento que são tão limitadores, tanto na dança, quanto no nosso cotidiano. Por mais que estejamos questionando um lugar nosso na dança e inventando e ocupando os lugares para quem não tem um corpo padrão, esse embate não é só para a arte, é realmente para organizar uma estrutura social excludente e opressora e criar outros possíveis, completa Jussara.

Corpos Turvos foi pensado coreograficamente de modo a não excluir a pessoa com deficiência, contrariamente, se constrói a partir das possibilidades de cada corpo que dança. A obra problematiza pela linguagem da dança os padrões de invisibilização de corpos pretos, pobres, periféricos, soropositivos, corpos pertencentes da ampla comunidade LGBTQIAP+ e ainda corpos com alguma deficiência, é também uma urgência da sobrevivência, é um pedido por empatia, é um grito de socorro para que esses corpos deixem de ser números.

A estreia de CORPOS TURVOS faz parte da programação de celebração de 5 anos do coletivo, e conta parceira da Casa Tomada, Ilha Deserta, Sociedade T, Comunica Ceci, Casa da Ribeira, e apoio da  Lei Aldir Blanc – Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

Todas as informações sobre os lançamentos podem ser acompanhadas através dos canais de comunicação do COLETIVO CIDA. Acesse: www.coletivocida.com.br ou acompanhe o Coletivo no Instagram em: @coletivocida

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