O Coletivo CIDA (RN) apresenta seu trabalho Corpos Turvos nesta quinta-feira (22) às 20h30 no Teatro Alberto Maranhão dentro da programação do Encontro de Artes Cênicas do RN. Os ingressos encontram-se esgotados. O público que estiver interessado em assistir, pode buscar a lista de espera na entrada do teatro.
Fundado por Arthur Moura, René Loui e Rozeane Oliveira, artistas e produtores, o CIDA se destaca no cenário cultural norte-rio-grandense por sua produção experimental e inclusiva.
Corpos Turvos teve pesquisa iniciada no ano de 2019, a partir de uma residência artística na Odisha Biennale, na Índia. Inicialmente pensada como um espetáculo solo para os formatos presenciais, a partir de outra residência artística virtual entre René Loui (MG/RN) e Jussara Belchior (SC), dois pesquisadores das diferenças na dança, se concretiza como obra audiovisual de dança.
“A estreia local de Corpos Turvos no Encontro de Artes Cênicas do RN é algo há muito tempo sonhado. Estamos muito felizes em ver os ingressos já esgotados, mas gostaríamos de informar que em breve, vamos fazer uma nova temporada e lançaremos o novo trabalho ‘Reino dos Bichos e dos Animais, esse é o meu nome’, continuação de Corpos Turvos, comunica René Loui, um dos integrantes do Coletivo CIDA.
Corpos Turvos foi pensado coreograficamente de modo a não excluir a pessoa com deficiência, contrariamente, se constrói a partir das possibilidades de cada corpo que dança. A obra problematiza pela linguagem da dança os padrões de invisibilização de corpos pretos, pobres, periféricos, soropositivos, corpos pertencentes da ampla comunidade LGBTQIAP+ e ainda corpos com alguma deficiência, é também uma urgência da sobrevivência, é um pedido por empatia, é um grito de socorro para que esses corpos deixem de ser números.
“Corpos Turvos é um projeto muito instigante e tem me proporcionado vivenciar um processo intenso de criação e diálogo com artistas incríveis da cena potiguar. As temáticas que o espetáculo movimenta estão intimamente ligadas com as nossas urgências de existência, de permanência em movimento, de manter-se vivo(a). É um presente, mas antes de tudo é grito. E que bom saber que ele é audível e coletivo”, comenta o intérprete convidado Pablo Vieira.
Encontro de Artes Cênicas do RN
Com espetáculos gratuitos de dança, teatro e circo, o evento conta com uma programação que acontece até o dia 23 de setembro com apresentações de artistas da Argentina, Portugal e também de grupos locais, no Solar Bela Vista e no Teatro Alberto Maranhão. O evento contempla ainda uma Mostra Internacional de Videodança, com curtas produzidos no Brasil, Estados Unidos, Inglaterra e África. O livro “Práticas Artísticas, Participação e Política” de Hugo Cruz.
Turnê
O Coletivo CIDA acaba de retornar de uma turnê de circulação nacional com apresentações de Corpos Turvos em formato presencial no Festival Nacional de Teatro Toni Cunha, em Santa Catarina, e no Teatro SESC Garagem em Brasília. O trabalho foi recentemente apresentado no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, no Ceará, e segue esta semana para o Mato Grosso do Sul onde apresenta na 16ª Primavera de Museus.
Todas as informações sobre a agenda do CIDA podem ser acompanhadas através dos canais de comunicação do coletivo. Acesse: www.coletivocida.com.br ou acompanhe o Coletivo no Instagram em: @coletivocida.
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Jornalista formada pela UFRN, atua como Comunicadora Criativa e Produtora Cultural comunicando projetos artísticos na cidade do Natal há mais de dez anos. É uma das administradoras do blog cultural potiguar Apartamento 702, é ativista gorda, rainha da brilhosidade, dona e proprietária em Comunica Ceci, praticante de yoga. cinéfila e aprendiz de Lu Roller.