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Natália Klein acerta ao ressuscitar frescor debochado em “Maldivas”, nova série original Netflix

Quem já estava na internet no final da primeira década dos anos 2000, certamente conhece o nome “Natália Klein”. A criadora do blog “Adorável Psicose” se tornou um sucesso absoluto ao narrar suas peripécias de solteira e seus encontros – muitas vezes desastrosos – com muito humor, deboche e sagacidade na internet. O sucesso do projeto foi absoluto, o que tornou Natália Klein roteirista de sua própria série e história, onde também atuou, como ela mesma.

Em “Adorável Psicose”, Natalia é uma jovem que acha dilemas nos mínimos aspectos da sua vida, quando então resolve buscar por ajuda, o tratamento com uma psicanalista, a Dra. Frida. As consultas servem para que a personagem revele seus problemas pessoais e sociais. A série, que tem uma clara inspiração em “As Confissões de Penélope”, estrelada por Eva Wilma em 1969, trouxe a sua assinatura de humor de forma tão precisa que ser tornou memorável e até hoje é lembrada pelos jovens adultos da época.

Esse é o nome e o DNA que está por trás do novo sucessos da Netflix, a série “Maldivas”, estrelada por Manu Gavassi, Bruna Marquezine, Carol Castro, Sheron Menezzes e Vanessa Gerbelli. Embora Natália Klein assine outros projetos na televisão, como a série “Fred e Lucy”, é somente em agora, em “Maldivas”, que é possível ver aquele mesmo humor dos idos 2000, com frescor, deboche e sagacidade.

A premissa da série é simples, porém assertiva, Liz (Bruna Marquezine) é uma moça do Goiás que chega no Rio de Janeiro para investigar a misteriosa morte de sua mãe, Patrícia (Vanessa Gerbelli), certa de que se trata de um assassinato e que o detetive do caso Denilson (Enzo Romani) não está fazendo seu trabalho. Ela vai morar condomínio de luxo Maldivas, onde conhece Milene (Manu Gavassi), Rayssa (Sheron Menezzes) e Kat (Carol Castro) e se infiltra no mundo dos ricos e poderosos, mundo esse cheio de segredos e mentiras.

É uma história tão simples que se escrita por qualquer outra pessoa que não a Natália Klein, jamais conseguiria se tornar tão grandiosa. A série é cheia de diálogos poderosos, frases profundamente bem construídas, referências inteligentes e distribuição de acontecimentos em um tempo perfeito. Tudo isso faz com que a comédia aconteça de maneira que impressionante. É um ode a um tipo de humor há muito já esquecido em produções brasileiras. É sem dúvidas o lugar que essa produção recebe os maiores aplausos.

Obviamente tudo isso só é possível, também, pelo ótimo elenco escalado para “Maldivas”, que está em perfeita sintonia com o roteiro, Manu Gavassi, Bruna Marquezine, Carol Castro, Sheron Menezzes, Vanessa Gerbelli e a própria Natália Klein – que atua na série – estão indiscutivelmente confortáveis em seus papéis e precisas em suas construções e textos.


Sobre a produção em si e os demais setores de construção da série se tem pouco a dizer, entregou o acabamento necessário para que a história pudesse correr sem prejuízos. A experiência de José Alvarenga, que comanda a direção, conduziu cada elemento com maestria e precisão.

Maldivas entrega uma primeira temporada consistente e que toca no coração de quem sentia falta de um humor ácido, alegrando o catálogo da Netflix. Um feito memorável do selo. Que a segunda temporada venha, certeza que é um desejo de todos.

Assista ao trailer:

 

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