Início » Minha experiência com o curso King de design

Minha experiência com o curso King de design

Em minha jornada de engajamento e aprendizado sobre o mundo empreendedor, tenho visto muito sobre várias metodologias e uma delas é o Design Thinking. Então, surgiu a oportunidade de fazer o Curso King de Design Thinking e Gamificação, que prometia uma imersão de 24h para resolver um dado problema.

Dia 1

Em meio a mil eventos que estavam sendo realizados na UNP da Roberto Freire, consegui finalmente achar a sala. Cheguei um pouco atrasada por causa do trânsito maluco e de uma pequena fila para liberação do acesso, mas no fim deu tudo certo e mesmo com uma hora e meia de deficit, rapidamente fui inserida em grupo para dar continuidade às atividades.

Em uma explicação rápida vi que foram sorteados cards, unindo um problema a um público aleatório. Bem parecido com aqueles jogos de improviso, que geram piadas incríveis, mas aqui a ideia é gerar uma solução funcional. Nossa equipe era composta por: duas designs, um empreendedor da área de engenharia civil, outro profissional de planejamento e euzinha que sei uns coisas de marketing digital. Ficamos com o tema “impacto social” + “crianças” e me senti triste, pois tenho pouco conhecimento nestas áreas, mas logo mudei de ideia e pensei: “Quer saber? Desafio aceito!”.
Hora da pesquisa! Impossível não ficarmos concentrados, tínhamos poucos minutos cronometrados para tal. Acabou, buzina e atenção ao próximo passo. Mais uma vez tempo controlado para discutir as ideias, votar e definir o problema. Logo depois, preenchemos o primeiro Canvas: a “matriz de alinhamento”. E assim seguiu a noite com sequência de atividades e tempo predeterminado.

Acabamos partindo do problema “como fortalecer vínculos entre pais e filhos?” e em todo o processo nos controlamos MUITO, para não dar uma solução antes da hora e focarmos no que cada etapa pedia. No fim da noite tínhamos dúvidas, certezas, suposições e uma tarefa: elaborar uma entrevista com o público alvo. Vocês reconhecem esse modelo? Parece muito com a experiência que eu descrevi da Startup Weekend, mas com uma grande diferença, que no SW a maturidade para concluir e realizar cada etapa dependia muito do grupo, existia cronograma e prazos, mas não com explicações entre cada um deles, focado em mentorias rotativas. Mesmo que as experiências tenham abordagens parecidas, possuem tempo e metodologia bem diferentes por tanto não dá para compará-las de fato. A grande questão é o objetivo, ambas querem incentivar o empreendedor a seguir o caminho mais escalável e próximo a realidade.

Dia 2

No dia seguinte, fomos cedo ao Parque das Dunas, o prazo era até 9:30 para possuir entrevistas realizadas em sala. Validamos o problema colaborativamente através de um Mapa de Empatia, definimos uma solução, criamos o nome, identidade visual e comemos… Sim é importante dizer que comemos bastante. O coffee break certamente foi um diferencial, já diria um amigo meu “porque pessoas bem alimentadas são mais produtivas e felizes”. Isso eu aprendi e acho digno perpetuar e destacar.

A tarde foi reservada para o desenvolvimento da solução e como a prototiparíamos. O professor Yuri sempre explicando cada passo em teoria, com suas possibilidades, e nos direcionando para a prática mais adequada. Criamos o LyGame, um jogo com 180 fases, consistente em tarefas para unir pais e filhos. Claro, não surgiu um MVP (Mínimo Produto Viável), apenas telamos tudo, sugerimos funcionalidade e apresentamos. Assim como nós, os outros grupos criaram soluções muito interessantes, como um site para a inserção de mulheres carentes no mercado de trabalho, e um jogo de tabuleiro funcional para aproximar idosos de sua família.
Claro que aprender novas coisas é interessante, mas tanto a abordagem, quanto o networking nesses eventos são muito valiosos. E não estou dizendo que você vai sair cheio de contatinhos de trabalho. Claro, pode acontecer, porém o principal é troca de experiências; aprender e respeitar um profissional de uma área diferente da sua; abrir mão de ideias, saber quando resgatá-las e reconhecer as do colega. Pessoas são um universo de conhecimento e informação é a melhor moeda de troca para qualquer aprendizado.

Fotos por: Augusto Souza

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *